Caixa lança crédito imobiliário com juro a partir de 2,95% mais inflação

A Caixa Econômica Federal anunciou na terça-feira, 20/08, uma nova modalidade de crédito imobiliário que usará o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, como composição para os juros. O IPCA será acrescido de taxas, dependendo do relacionamento do cliente com a instituição. Segundo o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, será possível baixar entre 30% e 50% o valor inicial de uma prestação imobiliária.

 

As mudanças valem para o SFH (Sistema Financeiro de Habitação), para imóveis até 1,5 milhão de reais e que permite o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), e para o SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), para aqueles acima desse valor e sem a possibilidade de usar o Fundo.

O financiamento funcionará de modo semelhante do que acontece atualmente: o saldo devedor será atualizado pelo IPCA, a exemplo do que ocorre com a TR, hoje zerada. O índice de inflação dos últimos 12 meses está em 3,22%. A expectativa do mercado financeiro para o indicador é de 3,71% ao final deste ano, segundo o Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira.

 

As taxas da nova linha variam do IPCA mais 2,95% ao ano, oferecida a clientes com bom relacionamento com o banco, enquanto a máxima ficará em IPCA mais 4,95% ao ano. Hoje, o banco cobra juros de 8,50% a 9,75% ao ano mais TR nas principais linhas de crédito. Os contratos poderão ter prazo de até 360 meses e valor máximo financiado de 80%.

Para ilustrar a mudança, Guimarães citou como exemplo um imóvel de 300 mil reais, financiado por 30 anos com o banco. Com a TR + 9,75%, taxa vigente para clientes com baixo relacionamento com o banco, a prestação inicial gira em torno de 3.168 reais. Já com o IPCA + 4,75%, nova opção de financiamento para clientes com pouco relacionamento com a Caixa, a prestação inicial vai para 2.050 reais, redução de 35%. No caso da melhor taxa, de IPCA + 2,95% a redução da parcela é de 51%, sendo o primeiro pagamento de 1.556 reais.

 

Segundo Guimarães, com o novo título, o banco promoverá a securitização da linha de crédito. Ou seja, a Caixa deve oferecer o crédito como título a investidores, que vão avaliar se vale correr o risco de inadimplência de clientes.  O presidente Jair Bolsonaro, que participou da cerimônia, celebrou a medida e ressaltou o possível barateamento dos juros e ressaltou a iniciativa da Caixa. “(A medida) vem de encontro com o que esperam de nós.”

Repercussão

A Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) avalia como positiva a possibilidade de reajuste dos contratos pela inflação e que a expectativa é que haja redução de juros. “Com a queda nos índices de inflação, será possível a obtenção de financiamento com uma taxa efetiva menor, o que é positivo ao consumidor e amplia o número de pessoa elegíveis ao crédito imobiliário.”

 

Rafael Sasso, cofundador da plataforma de crédito imobiliário Melhortaxa, também enxerga com bons olhos a medida, mas alerta. “Para o consumidor, é um objeto de cuidado. Tem que ver qual é o cálculo efetivo total da proposta e lembrar que o IPCA é volátil. E um financiamento é por 20, 30 anos”, diz.

Além disso, ele lembra que o crédito imobiliário também causa outras despesas para o consumidor, o que pode tornar o custo efetivo no final mais caro, apesar das taxas mais baixas. Por exemplo, como condição para o financiamento, alguns bancos pedem que o cliente mantenha uma conta com saldo na instituição. “O crédito imobiliário não é só taxa. Tem seguro, que depende do período do financiamento e da idade do cliente, e outras coisas que o banco pede, manter saldo em conta, investimento.”

 

Para a Caixa, a notícia também é positiva, segundo os especialistas. Para o presidente da Abrainc, Luiz Antonio França, a medida deve ajudar na variação das formas de financiamento da Caixa. “O crédito imobiliário é financiado basicamente pela poupança e pelo FGTS. São bolsões de dinheiro finitos. Pode chega um momento que não tenha mais como. Por IPCA é mais de mercado, o que te dá uma capacidade de volume maior para o crédito imobiliário”, afirma.

Ele cita que a linha indexada ao IPCA vai permitir aos bancos securitizar (agrupar ativos e vendê-los como títulos) suas carteiras de financiamento habitacional, promovendo dessa forma um aumento na oferta de financiamento. Com a taxa sendo corrigida pela inflação, a tendência é que a companhia atraia investidores, porque não vai existir o medo de perder rentabilidade conforme a variação do índice de preços.

Sasso, do Melhortaxa, afirma que o movimento não é novo no mercado imobiliário brasileiro. “O que é novo é um banco grande fazer. Como temos um mercado muito monopolizado, isso injeta mais concorrência”, acrescenta ele.

 

Fonte: Veja

 

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Caixa reduz juros e aumenta teto para financiamento da casa própria

Banco voltou a financiar 70% do imóvel usado; redução é de até 1,25 ponto percentual no crédito imobiliário que usa recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira (16) a redução dos juros para financiamento da casa própria e o aumento do percentual do valor a ser financiado para compra de imóvel usado. As mudanças, que começam a valer hoje, são para linhas de financiamento que utilizam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.

A mudança ocorre após a Caixa reduzir duas vezes o teto de financiamento de imóveis em 2017, deixar de ter as taxas mais baixas do mercado e perder a liderança nas linhas de crédito com recurso da poupança entre novembro do ano passado e janeiro deste ano.

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Para compra de imóveis pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH), onde estão enquadrados os imóveis residenciais de até R$ 800 mil para todo o país, exceto para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, cujo limite é de R$ 950 mil, a taxa mínima de juros caiu de 10,25% para 9% ao ano.

Para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), cujos valores dos imóveis são acima dos limites do SFH, a taxa mínima caiu de 11,25% para 10% ao ano.

O percentual do valor a ser financiado dos imóveis usados subiu de 50% para 70%. Para unidades novas, foi mantido o percentual de 80% no teto do financiamento. Antes das mudanças feitas em agosto do ano passado, a Caixa financiava até 80% de imóveis usados.

Fonte:G1

Veja como ficam as taxas de juros da Caixa:

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Fonte:

Capitalização da Caixa pode animar setor imobiliário

Com um lucro líquido extraordinário de R$ 12,5 bilhões em 2017, 202,6% superior ao do ano anterior, a Caixa Econômica Federal pode resolver seu problema de capitalização e voltar a dar forte contribuição para a dinamização do mercado imobiliário e da construção civil, setor que é de longe o maior empregador do País e que não tem acompanhado a retomada do nível de atividade da economia.

Como informou a Caixa, seu Índice de Basileia (exigência de capital em relação aos ativos ponderados pelo risco) atingiu 17,7% em 2017, bastante acima dos requisitos mínimos, não havendo necessidade de incorporar todo o lucro ao seu capital, como chegou a ser anunciado, para sanar uma deficiência de que a instituição se ressentia nos últimos anos.

Como se recorda, o Congresso chegou a aprovar a concessão de um empréstimo de R$ 15 bilhões de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) à Caixa, para superar esse obstáculo, mas a iniciativa foi congelada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Agora, por conta do resultado robusto em 2017, a expectativa é de que a Caixa possa transferir para o Tesouro Nacional, como dispõe a lei, 25% do lucro obtido no ano passado, valor equivalente a R$ 3,125 bilhões. Para o governo, premido por dificuldades fiscais, significará um aporte muito bem-vindo.

A Caixa informa que o reforço de sua estrutura de capital no ano passado foi possibilitado por medidas de redução de despesas, incluindo limite à folha de pessoal, ajuste do processo de alocação de capital e utilização da métrica do Retorno Ajustado ao Risco no Capital (Raroc, na sigla em inglês).

A Caixa estima o lucro líquido recorrente – ou seja, o resultado que a instituição poderá obter em 12 meses – em R$ 8,6 bilhões. A previsão é de que R$ 82,1 bilhões poderão ser destinados ao setor imobiliário este ano, valor maior que o de 2017 (R$ 80,9 bilhões), mas bem inferior ao de 2016 (R$ 93,7 bilhões).

Assim, a Caixa poderá recuperar-se do baque em sua atuação nos últimos meses. O ranking da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostra que os bancos privados passaram a ter ascendência no financiamento imobiliário. Em dezembro, a Caixa, que costumava ser líder, ficou em quarto lugar, passando a terceiro em janeiro.

Fonte:Estadão

 

Melhores condições na aquisição de financiamento imobiliário

Atenta ao mercado imobiliário e à nova realidade de financiamentos concedidos por instituições particulares, a Caixa Econômica Federal anunciou a redução na taxa de juros dos financiamentos habitacionais concedidos com recursos advindos da poupança. De todas as linhas de crédito habitacional da CEF, essa é a que possui as taxas mais elevadas dentro da própria instituição.

De acordo com o diretor executivo do escritório de representação da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) em Rondônia, José Carlos Lino Costa, em outros momentos, se comparada com as taxas médias das instituições privadas, as da CEF ainda eram taxas mais atraentes. “Contudo, com a estabilização da economia, melhora na taxa de desemprego e também no investimento dos bancos nesse produto – que é, de certo ponto, vantajoso –, a CEF se vê incomodada na posição majoritária que ocupava anteriormente e agora busca retomar parcela do mercado que perdeu”, analisa.

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